Veteranos (nascidos antes de 1946), baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964), Geração X (nascidos entre 1965 e 1980) e Geração Y (nascidos depois de 1980) dividimos a sociedade nessas quatro gerações. Cada qual com suas características, modos de trabalhar, prioridades, formas de ver a vida. Imagine todos eles juntos em um único lugar, ou melhor, em um escritório. Sobre essa integração já foram escrito vários artigos de como as empresas tem encarado essa “salada mista”.
Neste artigo escrevo como uma pessoa que pertence a geração Y.
Preguiçosos, distraídos e superficiais são alguns dos adjetivos não muito simpáticos para classificar nossa geração, os nascidos depois de 1980 ou a “Geração do Milênio”.
Muitas vezes o que sentimos ao chegar como novatos em um escritório é que ‘caímos de paraquedas’ em um sistema cheio de regras e tentamos nos adaptar. Admiramos aqueles que têm mais tempo de carreira e parecem tão experientes e tão inteligentes. O que queremos é aprender com eles.
Primeira barreira que enfrentamos é que os veteranos, baby boomers ou geração X, algumas vezes, se comportam como colegas “sabe-tudo”, quando na verdade esperamos que se portem como colegas experientes e nos ensinem o que sabem. Não estamos ali para “tomar seu lugar” na empresa, mas porque para nós é importante termos trabalhos com sentido e um ambiente propício a colaboração.
A geração Y tem fama de não respeitar autoridades, mas o que na verdade acontece é que não cedemos de uma hora para a outra, liderança não pode ser imposta deve ser conquistada. Nós jovens não vemos as relações em termos hierárquicos. O que queremos do chefe é uma oportunidade para aprender e se aperfeiçoar no que fazemos.
Uma das grandes diferenças entre as gerações é o feedback. Para nós da geração do Y precisamos saber como está indo nosso trabalho, é importante a opinião de nossos superiores ou colegas. Para a Geração X (nascidos entre 1965 e 1980) não gostam que falem de seu trabalho, os boomers (nascidos entre 1946 e 1964), mais formais, são adeptos da avaliação anual e os veteranos (nascidos antes de 1946) pensam que senão falaram nada é porque está tudo bem.
Como já disse no inicio deste artigo, falo como um membro da Geração Y. Gostaria de ressaltar algumas de nossas qualidades que empresas poderiam desfrutar de nós.
Para nós a tecnologia não é simplesmente uma ferramenta que facilita o trabalho que antes era manual e bem mais complicado de exercer, mas é uma “extensão do corpo”. Somos expert no uso das novas tecnologias influenciadas pela web 2.0. As empresas que não buscarem conhecer esse universo e se voltar para ele terá um ponto a menos no mercado. Por isso empresas aproveitem esses jovens talentos também para expandir seus horizontes e novas maneiras de se relacionar com seus clientes.
Somos criativos. Proporcionem ambientes em que o jovem possa desenvolver sua criatividade. Escute suas idéias, isso pode trazer novos caminhos e estratégias para empresas.
Como foi citado na revista HSM Management no artigo “Choque: Como converter a diversidade em vantagem”: Empresas jovens reconhecem a importância de oferecer a sua força de trabalho a flexibilidade e a liberdade de ação necessária ao estímulo da criatividade.
Algumas empresas e instituições têm buscado se aproximar cada vez mais dos jovens. A Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN), por exemplo, criou o “Prêmio Geração Y” que irá distribuir um total de R$ 17 mil para as melhores idéias de jovens sobre o tema “O banco do futuro na visão da Geração Y”. O prêmio visa incentivar a participação da geração Y no principal congresso de tecnologia de bancos, viabilizando uma contribuição decisiva ao seu tema central que é examinar a fundo a emergência do novo consumidor e suas conseqüências. Por isso, a promoção é aberta preferencialmente a jovens que possam ser considerados membros da geração Y: os nascidos por volta de 1980 até meados da década passada. Os vencedores dos três primeiros lugares terão direito ao ingresso pleno para os três dias de congresso, passagens e estadia se necessário.
A integração se tratada de uma forma positiva e todos se esforçarem para conviver apesar das diferenças, porque elas sempre vão existir, tanto empresas como as pessoas ficarão surpresas com os resultados que serão atingidos e quão enriquecedora será a troca de experiências e como todos irão progredir ao vencer mais um obstáculo.
Caroline Cury
Consulta Jovem 2010
Há 14 anos
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